Na parte leste do terreno, a via elevada une Osaka e Kyoto onde a linha JR Tokaido cruza a partir do oeste. A partir de lá, deve ser vista uma subestação amplamente difusa na mesma direção da via elevada. Na proximidade do local está um encontro eclético de fábricas de pequeno a médio porte, galpões, comércios e habitações que formam a paisagem heterogênea de diversas tipologias arquitetônicas.
O cliente é uma empresa que está executando um experimento sobre a segurança do medicamento através do planejamento e desenvolvimento de ferramentas e equipamentos para usos médicos. O programa requerido foi a reconstrução da fábrica por meio de duas diferentes operações: a conclusão da parte existente do edifício e, em seguida, a construção do novo programa.
O primeiro pavimento é dividido em sala de conferência, recepção, administração e depósito. Nos segundo e terceiro pavimentos, há o encontro de espaços funcionais como áreas de produção como o departamento de fabricação e o departamento de desenvolvimento, que são verticalmente conectados por uma espécie de fenda que rompe com o limite entre os dois pisos. O quarto pavimento foi destinado para uma ampla sala de reunião que responde ao desenho do escritório, bem como possibilita o acontecimento de diversos seminários e reuniões.
O volume do edifício é coberto por uma membrana delicada constituída de persianas de alumínio com o intuito de esconder os arranjos tubulares. No que diz respeito à facilidade de manutenção, a relação de abertura das persianas e o espaço entre elas permite um acesso apropriado ao sistema de tubulação. A reconstrução foi também um modo experimental de reduzir ao máximo o impacto sobre a vizinhança do volume intimidante desta fábrica. Para alcançar este resultado, o ângulo das persianas e as direções horizontais ou verticais são direcionados por regras matemáticas aleatórias.
Algumas das persianas horizontais refletem o movimento das nuvens no céu azul ou as luzes dos carros que atravessam as ruas durante a noite. Ao mudar o ponto de vista, ao olhar diretamente para alguma das persianas verticais, a percepção segmentada da imagem da vizinhança está se modificando. Ao refletir a natureza mutável e a cena ao redor do edifício, este efeito fragmenta o edifício e sua percepção do ambiente, preservando uma forma de sensação de presença humana.
O mesmo princípio vale para o vazio do “pátio claro” que conecta os espaços de relaxamento dos terceiros e quarto pavimentos. Através do uso do vidro nas aberturas verticais e horizontais, a imagem natural atinge o interior do edifício. Os panos de vidro tomam, transformam e trazem uma espécie de imagem virtual da vida cotidiana, do exterior para dentro do espaço monótono da fábrica.